
No próximo dia 12 de Novembro de 2023, o The Greatest Queen Symphonic irá regressar para trazer os melhores éxitos dos Queen em formato sinfónico!
Desta vez será em Santa Maria da Feira, no Europarque, que a Orquestra Nacional de Jovens, sob o comando do Maestro Cristiano Silva e com muitos convidados especiais, irá espalhar a magia da maior banda de sempre.
Para celebrar esta ocasião, estivemos à conversa com a mente por detrás deste projeto, o Maestro Cristiano Silva. Nesta entrevista, falou-nos sobre a sua carreira e projetos, nunca esquecendo as suas maiores influências e claro, a sua relação com os Queen.
Desvendando um pouco, podemos dizer que o Maestro Cristiano Silva foi aluno do grande Maestro e Compositor, Tolga Kashif, responsável pela célebre The Queen Symphony, mas para saberem mais terão mesmo de ler esta entrevista.
Fiquem então com as palavras do Maestro Cristiano Silva, a quem agradecemos desde já a sua disponibilidade.
ENTREVISTA
Queen Portugal: Quais considera serem as suas maiores influências músicas?
Cristiano Silva: Queen, Rachmaninov, Bee Gees. Os Queen pela evolução e riqueza da mensagem das suas músicas. Rachmaninov pela genialidade na escrita das suas composições e os Bee Gees pela junção das vozes.
QPT: Quando decidiu tornar-se Maestro, e porquê?
CS: Foi um processo gradual e que com o passar do tempo parecia me destinado. Para além de ter tirado uma Licenciatura em Instrumentista de Orquestra com especialidade em Percussão sempre tive a vontade de ocupar aquele lugar central liderando toda uma equipa. O primeiro grande desafio chegou quando consegui os direitos de execução da The Queen Symphony e em simultâneo torno-me aluno do grande Maestro e Compositor Tolga Kashif em Londres. O Maestro escreveu a sinfonia com os Queen tendo tido na estreia em Londres a presença do Brian May, Roger Taylor e a mãe do próprio Freddie. Depois nunca mais parei.

QPT: Pode falar-nos um pouco da sua carreira?
CS: Numa versão muito curta. Sou professor de Percussão com especialização em Orquestra, estudei Piano, adoro compor e cantar e mais para o fim fui para Inglaterra estudar Direção de Orquestra com o Maestro Tolga Kashif. Desenvolvi o Festival de Música da Figueira da Foz e criei a Orquestra Nacional de jovens para colocar em prática géneros de música mais atuais. Passado 15 anos ainda continuamos com este evento que muitas alegrias nos tem dado. Atualmente sou diretor da Academia Nacional de jovens em Gião – Santa Maria da Feira, Director Artístico e Maestro Titular da Orquestra Nacional de jovens / Festival de Música da Figueira da Foz, Sócio-gerente da Glimpsy Beats – Produção de Eventos e Presidente da Glorious Experience Associação. Encontro me também a lecionar Percussão na Academia de Música de Monção paralelamente à temporada dos meus concertos.
QPT: Quando é que os Queen entraram na sua vida?
CS: Desde muito tenra idade. Eles é que me descobriram. Talvez por algum álbum em vinil que o meu pai tinha em casa e também pela rádio. Depois foi partir para a descoberta das canções dos Queen em que nunca conseguia parar de ouvir.
QPT: O que significam os Queen para si?
CS: Os Queen marcaram a minha adolescência. Cresci a ouvir Queen e desde cedo a voz do Freddie Mercury me encantou. Os temas eram poderosos e marcavam momentos da nossa vida. Lembro me perfeitamente de tentar esforçar a voz para tentar cantar como o Freddie.
QPT: Considera que a música dos Queen continua na ordem do dia?
CS: Completamente. Já na altura eram senhores muito à frente do seu tempo. Tanto eram que hoje continuam muito vivos entre nós e um sucesso em cada tipo de espetáculo que se faça sobre os Queen.
QPT: Defina a banda numa palavra.
CS: Evolução!
QPT: Não é a primeira vez que irá homenagear os Queen certo? Pode-nos falar um pouco sobre as homenagens que já prestou à banda?
CS: Todas as homenagens são especiais. Por muito que já tenha feito bastantes é sempre indescritível a força e energia que cada música tem e nos transmite a cada concerto. Não me consigo cansar de interpretar Queen sendo que já estou a preparar repetir a Sinfonia dos Queen em 2025.
QPT: O que podemos esperar deste derradeiro The Greatest Queen Symphonic?
CS: Novo elenco e uma despedida (temporária). Depois de um ano e meio de Tour (inclusive na Bélgica) chegou um ponto de parar com esta temática. Vamos ter muita alegria em palco e mais uma vez com mais de 200 interpretes (incluindo bailarinos) para esta grande festa.

Muito Obrigado Maestro Cristiano Silva!
Relembramos que os bilhetes para o espetáculo The Greatest Queen Symphonic ainda se encontram disponiveis aq

Era uma noite fria de novembro na cidade do Porto, mas que prometia aquecer com a subida a palco da The Greatest Queen Symphonic, a homenagem sinfónica à obra dos Queen, constituída pela Orquestra Nacional de Jovens Sinfónica e a Mercury Falls Band a quem se juntaram 6 coros diferentes.
O início estava previsto para as 22, mas a mais de uma hora do início do concerto já o ambiente começava a fervilhar nas imediações do Pavilhão Rosa Mota. Estrangeiros e portugueses menos habituados àquele espaço perguntavam-se pela porta de entrada. Ponto comum: indumentária e amor pelos Queen. E notava-se aquele sorriso estampado de quem sabe que vai ser feliz…
As gentes iam-se acumulando e conversava-se à boca pequena quando as portas se abriram. A receber as pessoas, o Queen Portugal com uma rica exposição de artigos cedidos pelos fãs que os menos militantes da banda apreciaram certamente (de tal modo que muitos pensavam que estavam à venda). Antes da música “rolar”, momentos para a família Queen do nosso país se abraçar e conviver, agora a Norte.

Pouco depois das 22, começa então o “exército” em palco comandado pelo Gen. Maestro Cristiano Silva a fazer a sua marcha. O alinhamento foi o esperado, os maiores êxitos da banda, sendo que as faixas mais inesperadas foram, talvez, Barcelona (que belíssima interpretação) e a intimista Is This The World We Created ...?. Os músicos e vocalistas entregaram-se às performances com uma paixão fantástica, que rapidamente contagiou um pavilhão bem composto. A simbiose entre quem estava em palco e a assistência foi constante, com os últimos a responderem sempre aos reptos de quem estava lá em cima.
Com um alinhamento de hits totalmente frenético, o público, desde os fãs inveterados aos menos partidários dos Queen, vibrou. E muito. Notou-se felicidade na cara das pessoas. Aquela alegria de quem está a ver, a sentir, a ouvir e a viver as músicas já ouvidas tanta vez, mas que são uma espécie de banda sonora de uma vida… E um constante bálsamo. E agora ao vivo! As sensações que tive, ao olhar em redor, foram as mesmas que tive quando vi o Bohemian Rhapsody no cinema. Felicidade. Ninguém foi criticar o som… A acústica… as roupas… Foram viver, experienciar Queen! A música. Tal como no filme, ninguém quis saber do argumento ou da veracidade de todos os factos. Foram viver a música. Esquecer o resto… E neste concerto foi o mesmo! Cantou-se, bateram-se palmas, sorriu-se muito e viveu-se muito o momento. E depois? Bom, depois, tal como Freddie sempre preconizou, as pessoas foram felizes para casa. Não se mudou o mundo, mas foram felizes com aquele bocado que passaram. E afinal os Queen não servem para isso? Para nos tornar um pouco mais felizes? E se assim é, o espectáculo do passado sábado foi fidelíssimo ao legado da banda…