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Queen The Greatest | EP 17: 1978 - O Dia da Independência


(fotografia de Neal Preston. © Queen Productions Ltd.)


Queen The Greatest: uma celebração de 50 dos maiores momentos da história dos Queen até agora.


Uma série de 50 semanas no YouTube que celebra os momentos-chave da história dos Queen lembrando-nos o porquê da banda E da sua música continuarem a ser amadas em todo o mundo.


Existem milhões de tubarões por aí fora.” Roger Taylor

Depois de sete anos juntos, o sonho que os Queen tinham, de ser independentes criativa e financeiramente, iria concretizar-se. Um olhar sobre os bastidores daquele momento crucial, com imagens de arquivo de Freddie, John e Roger, bem como uma rara entrevista com o manager de longa data dos Queen, Jim Beach.


O episódio desta semana de "Queen The Greatest", olha para os bastidores de um dos momentos mais significativos da história dos Queen - o momento que um dos seus objectivos principais era realizado - O Dia da Independência dos Queen.


O episódio da semana passada, de Queen The Greatest, focou-se no baixista John Deacon e nos sucessos que ele providenciou à banda. John aparece novamente em destaque no episódio desta semana, no qual a banda revela as dificuldades em que se encontravam mesmo depois de três álbuns de sucesso, e como a mão segura e a perspicácia de John trouxe aos Queen um dos momentos mais significativos na carreira - o momento em que eles alcançavam o objectivo de serem livres criativa e financeiramente.


John revela: "Nós não recebíamos nada dos direitos autorais dos primeiros três álbuns. O que nós procurávamos naquela altura era basicamente olhar por nós, e fazê-lo completamente por nossa conta."


Roger Taylor "É o longo caminho até a liberdade criativa e artística, que é tão difícil de encontrar se tiveres sucesso de qualquer tipo, porque existem milhões de tubarões por aí fora."


No início de 1978, pouco antes de embarcarem na gravação do álbum Jazz, os Queen finalmente tomaram o controlo total do seu negócio - criando três entidades para operar e gerir os seus projectos criativos: Queen Productions Limited, Queen Music Limited, e Queen Films Limited. Isto foi à data, uma jogada pouco usual para uma banda, mas algo que mostrava a fé que a banda tinha na sua jornada musical dali para a frente.


Para gerir o dia-a-dia do negócio, os Queen viraram-se para Jim Beach, alguém que conheceram em 1975 quando a jornada para a independência financeira começou. Foi uma reunião que deixou uma impressão duradoura em Jim...


Ele recorda essa primeira reunião: "Eu conheci os Queen pela primeira vez quando era solicitador na Harbottle and Lewis em Londres. Eu era um dos sócios e estava a gerir um departamento musical muito débil. Era uma empresa do mundo do espectáculo e estávamos habituados a clientes relativamente estranhos, mas lembro-me que quando os Queen chegaram, a recepcionista telefonou-me e disse "Sr. Beach, os Queen estão aqui", e eu disse "Sim, ok, mande-os subir". E ela sussurrou ao telefone, ela disse "Já os viu?"


E eu disse "Bem, já", ela disse "Bem, um deles tem verniz posto". E eu disse "Bem, a sério?" "Sim, preto" disse ela. E eu respondi "Ok" e ela disse "Sim, mas é só numa mão". E eu disse "Não seja tonta, vá lá, mande-os subir". Vou sempre lembrar-me do Freddie a entrar primeiro, eles sentaram-se e o Freddie começou por dizer "Nós gravámos três álbuns, o nosso manager comprou o seu segundo Rolls Royce e nós estamos a ganhar 60 libras por semana, por isso algo está errado."


Mas não era apenas o lado de negócio que os Queen queriam ser os mestres do seu próprio destino, o seu álbum News The World tinha provado que no estúdio também estavam prontos para ter o controlo total.


John Deacon: "Chega a uma altura em que tudo o que precisas é de um engenheiro. (...) E quando estás a misturar, quando misturas tudo, quer dizer, é sentar-se e controlar os botões também."


Nessa ocasião, o engenheiro de longa data dos Queen, Mike Stone, tinha-se tornado o assistente precioso que permitia que a banda desfrutasse da liberdade criativa que desejavam no estúdio.


Esta independência tinha requerido uma dura batalha, e depois de sete anos juntos, quando a maioria das bandas chegavam ao seu fim natural, os Queen tinham finalmente conseguido manobrar-se com sucesso, de maneira a estarem numa posição de força e sucesso constante.


E é justo dizer que o melhor estava para vir...


Jim Beach continua a ser o manager dos Queen.


Próxima semana: 1979 - Cracking America: Crazy Little Thing Called Love.



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