(Fotografia de: Neal Preston)
Queen The Greatest: uma celebração de 50 dos maiores momentos da história dos Queen até agora. Uma série de 50 semanas no YouTube que celebra os momentos-chave da história dos Queen lembrando-nos o porquê da banda E da sua música continuarem a ser amadas em todo o mundo.
Queen The Greatest Episódio 30: Queen 1985: Live Aid - os melhores 20 minutos dos Queen? Vamos ouvir os quatro membros da banda enquanto se olha para trás, para a impressionante contribuição dos Queen num dos eventos mais importantes e memoráveis da história da música.
Estádio de Wembley, Londres. 13 de Julho de 1985. 18h41.
Depois das noites de recordes dos Queen no Rock In Rio em Janeiro de 1985, a banda sentiu que seria necessário algo incrivelmente especial para superar isso. Seis meses depois, surgiu… O Live Aid.
Em 13 de Julho de 1985, uma constelação de estrelas da música reuniu-se em Londres e Filadélfia, para levar ao palco um concerto de angariação de fundos e conscientização do problema da fome devastadora na Etiópia.
Em apenas 21 minutos, diante de um público mundial de 1,9 mil milhões de pessoas, os Queen fizeram o que até hoje é amplamente considerado o maior espetáculo ao vivo de todos os tempos.
Mas voltando no tempo, como explica Brian May, quando o organizador Bob Geldof abordou a banda pela primeira vez, não tinham a certeza de que ele fosse capaz de concretizar a ideia.
Brian May: “Na verdade, aconteceu nos BPI Awards, quando fomos receber um prêmio, o Geldof estava a algumas mesas de distância e veio ter connosco e disse que 'Que tal fazer isto?' e acrescentou 'vamos ter isto, e isto, e isto, e isto, e nós dissemos 'ah sim, de certeza', pensando que era quase impossível concretizar aquilo, mas dissemos 'sim, teríamos muito interesse'."
“E então, pouco depois ele ligou e disse 'olha, Brian, tenho de ter um compromisso', e conversámos mais um pouco, parecia estávamos todos muito empenhados em fazê-lo.”
Com apenas vinte minutos atribuídos a cada atuação, os Queen reuniram-se para descobrir a melhor maneira de aproveitar ao máximo o seu tempo. Não era uma tarefa fácil.
Brian May: “É muito difícil fazer as escolhas.”
Roger Taylor: “Sim, realmente não sabemos muito bem o que fazer, se tocar os sucessos ou tentar fazer algo novo. Mas penso que em 20 minutos, na verdade, temos que tocar coisas que as pessoas conhecem e reconhecerão na Turquia ou em qualquer outro lugar onde estejam a ver. Talvez. Esperemos."
Freddie Mercury: "Então, ainda estamos a discutir esse facto, e é isso que ele está a tentar dizer."
Apesar de todos estarem empenhados na causa, a banda sentiu que alguma rivalidade saudável entre as várias atuações também seria inevitável...
Freddie Mercury: “Penso que vai ser caótico, sim, tem que ser. Quer dizer, não somos todos meninos muito bem comportados, não é? Mas isso até vai ser a parte boa, na verdade vai haver muita fricção e vamos todos tentar ser melhores que os outros, suponho eu."
Mas nesse dia, os egos ou os pensamentos de rivalidade desapareceram quando a enormidade da causa e da ocasião se tornou evidente. E o planeamento meticuloso dos Queen garantiu uma reação exultante de todos os que estavam a assistir.
Paul Gambaccini (locutor / escritor): “Era como se todos os artistas nos bastidores tivessem ouvido um apito a chamar, e voltassem as cabeças e a emoção que se sentiu era ‘eles estão a dominar o espetáculo ’”.
Midge Ure: “Eu desafio qualquer um que visto isto, a dizer que não sentiu um arrepio na nuca quando viu aquele mar de pessoas.”
Roger Taylor: “Lembro-me de olhar para aquilo e ver todo o local a entrar em uníssono em loucura total e pensar 'olha, está a correr bem.'”
Brian May: “Tínhamos de facto um vantagem injusta, porque já havíamos atuado em estádios de futebol. Freddie, em particular, tinha aprendido aquela forma mágica de interagir com toda a gente num enorme estádio de futebol, e conseguia fazer com que todos se sentissem em contato.”
Aquela acabaria por ser uma das mais curtas atuações ao vivo dos Queen, foi provavelmente uma das mais importantes e icônicas - a abrir o caminho para o que estava para vir.
Roger Taylor: “Há pessoas que perguntam se foi uma mudança de carreira. Bem, não, não foi uma mudança de carreira, mas é claro que está no subconsciente de toda a gente.”
John Deacon: “Tivemos uma ótima recepção do público, mesmo em Wembley, e também do público da TV, e por isso, de certa forma, foi na verdade, um grande impulso de confiança para o grupo."
Jim Beach: “Ter conquistado o Live Aid desta forma, deu sem dúvida uma nova lufada de energia à banda.”
Algo que aprenderemos nos próximos episódios de Queen The Greatest.
Próxima semana: One Vision
Fonte: Queen Online