O canal de YouTube Music Track Center publicou um cover, produzido através de Inteligência Artificial (IA), de Heaven – famoso tema de Bryan Adams, cantado por Freddie Mercury ao estilo anos 80.
Segundo os autores da montagem, foi usada uma base de dados com arquivos da voz de Freddie no período entre 1985-1988, para assim tentarem evidenciar as principais características da voz do vocalista naquela época, nomeadamente a sua voz mais grave. No entanto também foram utilizados vocais dos anos 70, tendo o resultado final soado mais à voz de Freddie nos anos 80, pois segundo os autores "a máquina entendeu que essa voz estaria mais adaptável a essa situação da música, é muito aleatório."
No mesmo canal podemos encontrar versões de Bijou e Mother Love ao estilo dos vocais de Freddie em 1985, ou seja podemos ouvir Freddie a cantar a parte em Mother Love que nunca chegou a acabar, temos ainda uma Let It Be pelo vocalista dos Queen, e mesmo Michael Jackson a interpretar através de IA a célebre Love of My Life.
Acreditamos que este tipo de trabalhos comece a proliferar por este mundo que é a Internet, mas como em tudo existe um lado bom e mau. Se por um lado é extremamente arrebatador ouvirmos estas versões, imaginando uma realidade paralela em que Freddie as interpretou, por outro é igualmente assustador termos Freddie a cantar algo que nunca existiu desta forma. Será que daqui a alguns anos as pessoas que venham a descobrir os Queen sem muita informação da sua história irão distinguir o que foi realmente cantado por Freddie destas versões que a IA constrói com a sua voz? Teremos afirmações de Freddie que nunca existiram, ou de outras personalidades igualmente importantes? Como lidar com tudo isto?
Não queremos como isto retirar o mérito aos criadores destas versões, o resultado é incrível.
E para vocês, qual a vossa opinião… Gostam deste tipo de conteúdo ou acham que como afirma a letra de Machines (Or Back To Humans), tema dos nossos Queen – "When the machines take over, It ain't no place for rock and roll" ?
Terminamos este artigo agradecendo ao nosso amigo Rafael Casado, com quem debatemos e aprofundámos este tema.
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