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Queen The Greatest Live | EP 21: Adaptar músicas


'Queen The Greatest Live' – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.


Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.


Em novas e exclusivas entrevistas com Roger Taylor e Brian May, é explorado como alguns dos temas criados com mestria pela banda em estúdio são traduzidos para o espectáculo ao vivo, e como estes se tornaram clássicos nesse formato, às vezes de formas que surpreenderam a própria banda.


Para os Queen, o palco e o estúdio eram dois lados da mesma moeda. Enquanto que hinos Hard Rock como Sheer Heart Attack e I Want It All estavam inevitavelmente preparadas para o palco, criações complexas de estúdio como The Miracle sempre pareceram encaixar melhor em fones do que na primeira fila de um estádio.


Agora, neste mais recente episódio do Queen The Greatest Live é explorada uma Terceira categoria – os temas que transcenderam as suas raízes de estúdio para se tornarem em algo completamente diferente ao vivo. Em novas entrevistas com Brian e Roger, estes explicam o processo de pegar em temas que foram tecidos para o estúdio e adaptá-los para o palco.


Roger Taylor: "Penso que alguns temas são escritos com uma ideia de como poderão soar ao vivo, como por exemplo a 'Sheer Heart Attack'. (...) Sempre pensei que essa iria, que a iria tocar, que se tocamos assim tão rápido, que iria para o espetáculo ao vivo."


Brian May: "Penso que há vários processos. Às vezes estás a meio de escrever um tema em estúdio e pensas, como seria ao vivo? E realmente atualiza o teu processo criativo porque conduze-o para ser um tema que tenha um feeling mais para o espetáculo ao vivo, algo como 'I Want It All', é praticamente feita para ser um tema ao vivo. Isso não acontece com outros temas. Algo como 'The Miracle'. Não acho que alguma vez estava previsto ser um tema ao vivo, e nunca o foi. Foi puramente uma criação no estúdio, algo que seria muito difícil reproduzir em palco."


Enquanto que para a banda instintivamente alguns temas nunca se encaixariam num espectáculo ao vivo, haviam outros que eles acreditavam que, com uma abordagem um pouco diferente, poderiam resultar num momento realmente especial com os fãs.


Pela primeira vez lançada no álbum de 1975 A Night At The Opera, a original de estúdio foi uma produção ambiciosa, com o frontman a tocar uma linha de piano de influência clássica e harmonias vocais, enquanto que Brian samplou algumas partes de harpa, junto com a sua linha de guitarra. Agora, ao falar neste episódio, Brian explica como retrabalhou Love Of My Life para os duetos que se tornaram um dos maiores destaques em concertos dos Queen.


Brian May: "Nós tínhamos esta música de piano, que seria muito difícil de reproduzir ao vivo. Tem todos estes maravilhosos overdubs de harmonias. Como a faríamos ao vivo? E lembro-me de apenas me sentar com o Freddie e dizer, ‘Bem, podíamos fazê-la acústica e podias apenas cantá-la’. Aconteceu realmente rápido. Arranjei apenas maneiras de o fazer, que não são muito parecidas com o álbum, mas que comprimiu tudo em algo que poderíamos tocar de maneira bastante fácil ao vivo e poderíamos convidar o público a cantar connosco – algo que eles fizeram."


Com outras músicas, o publico de Queen podia por vezes representar um papel essencial na sua transição do estúdio para o palco. A banda sempre pretendeu que We Will Rock You despertasse uma resposta dos seus fãs – mas como Brian explica, a versão da música ao vivo, transformou-se, afastando-se das suas raízes no álbum de 1977 News Of The World.


"É diferente ao vivo. Para começar, não há bateria na versão original do álbum. Tornou-se numa extravagância de bateria e o público canta-a. A cena de bater com os pés e bater palmas evoluiu para uma situação completamente incompreensível porque algumas pessoas fazem ‘bump bump punch’, outras fazem ‘boom, boom, punch’. Mas não importa, porque a fisicalidade está lá e eles cantam-na, e obviamente é uma imagem de marca – estará sempre connosco, o mesmo acontece com a Champions."


"Então sim, são momentos de descoberta. Adoro acordar a meio da noite e pensar, ‘Oh, conseguimos fazer isto.’. ‘Poderíamos fazer isto’. E vais lá, ‘podemos tentar isto’, e depois ‘realmente, sim, aquilo poderia funcionar, aquilo pode muito bem funcionar."


Próximo Episódio: Queen The Greatest Live | EP 22: We Will Rock You


Link na Playlist no YouTube Fonte:Queen Online

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