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Neste dia era lançado Live Killers


Neste dia passam quarenta e quatro anos do lançamento de Live Killers, o primeiro álbum ao vivo dos Queen que gravado em diversos locais durante a digressão europeia de 1979, entre Janeiro e Março daquele ano. O trabalho foi produzido pela banda em colaboração com o engenheiro de som John Etchells que também gravou os concertos.


Live Killers foi o primeiro disco dos Queen misturado nos estúdios da banda – os Mountain Studios, em Montreux, Suíça – e o seu primeiro álbum duplo.


É provável que Live Killers tenha sido lançado porque os Queen não tinham planos imediatos para um novo álbum depois de Jazz (1978), e as suas editoras discográficas queriam algo para assegurar o interesse pela banda nesse interregno.


No dia 22 de Junho de 1979 Live Killers era então lançado e apesar de algumas críticas, foi uma grande sucesso, alcançando no Reino Unido o 3.º lugar nas tabelas. Todos podemos concordar que o álbum capta genuinamente a emoção, o poder absoluto e o entusiasmo incomparável que os Queen criavam em palco naquela altura.


Porém muitos se questionam o porquê de temas poderosos como Somebody To Love, If You Can’t Beat Them, Fat Bottomed Girls e It’s Late não terem sido incluídos no álbum mesmo sendo das favoritas do público. Mas por outro lado, temos de compreender que os Queen tocaram tantos temas ao vivo naquele ano de 1979 que seria difícil conseguir incluir todas neste álbum mesmo sendo duplo.


No entanto quarenta anos mais tarde a gravação de Fat Bottomed Girls no Pavillon de Paris em 1979 viria mesmo a ser lançada, como parte da banda sonora do filme Bohemian Rhapsody.

Recuemos agora até à própria digressão onde os temas do álbum foram gravados, a jornada europeia de 1979, que seria a maior até aquela data. Tudo começou em Hamburgo a 17 de Janeiro e incluiu vinte e oito espectáculos em sete países durante seis semanas, terminando com três concertos em Paris (alguns dos quais foram gravados) nos 27 e 28 de Fevereiro e 1 de Março. A digressão passou também pela Bélgica, Holanda, Suíça, França e Espanha, e incluiu o único concerto dos Queen na Jugoslávia.


No que diz respeito ao álbum em si a capa apresenta uma foto da banda tirada por Koh Hasebe durante a digressão japonesa de abril de 1979, e mostra o grupo no final da noite quase em silhueta, sob o enorme equipamento de iluminação Pizza Oven. Mas o mais engraçado sobre esta capa, é que Hasebe não conseguia chegar à foto perfeita dos quatro membros juntos. Por isso o fotógrafo teve de fazer uma montagem juntando uma foto de Brian sozinho que inverteu, juntando-o assim aos outros três elementos.


Foto original de Hasebe:


Foto de Brian May sozinho:


Foto que ficou como capa do álbum:

Outro aspecto bastante interessante deste álbum, é o facto de alguns dos seus temas serem compostos por secções gravadas em vários locais, por exemplo Get Down Make Love tem secções gravas em Barcelona, Frankfurt, em duas datas diferentes, em Paris e também em Lyon. Dizer ainda que este álbum conta com diversos overdubs.


Live Killers é sem dúvidas um grande álbum, com os Queen a tocarem particularmente rápido e bem, nós não conseguimos falar tão rápido e bem sobre as 22 músicas que compõe Live Killers, por isso vamos agora destacar algumas.


O álbum começa com uma poderosa acelerada We Will Rock You, seguida de uma interpretação de igualmente esgotante de Let Me Entertain You, da autoria de Freddie, a canção com a letra mais adequada de sempre para um espectáculo ao vivo dos Queen.


Segue-se outro medley habilmente executado – Death On Two Legs, Killer Queen, Bicycle Race –, numa sequência perfeita. Depois, Roger interpreta a sua I'm In Love With My Car, ao mesmo tempo que toca bateria, num que era um dos momentos altos do espectáculo para muitos fãs.


Alguns temas depois surge uma versão acelerada de Now I’m Here, que mostra a banda ao rubro, sendo correspondida a cada instante pelos fãs. Esta é uma das versões mais intensas alguma vez gravadas, de seguida temos Dreamer's Ball onde mais uma vez o público canta com Freddie.


Depois, Roger e John abandonam o palco, deixando Brian e Freddie sozinhos, sentados em bancos no centro do palco para interpretarem uma versão acústica de Love Of My Life. Como sempre, com cada verso, a multidão é levada a cantar num dueto emotivo e natural, que continua a ser tão comovente hoje como no dia em que foi gravado. Esta versão ao vivo de Love Of My Life, acompanhada de Now I’m Here, foi lançada como primeiro e único single britânico do álbum Live Killers, a 29 de Junho, uma semana depois do lançamento do LP. Na América do Sul, o single alcançaria o 1.º lugar no Brasil e na Argentina, tornando-se o maior êxito dos Queen naquelas paragens, bem como a sua imagem de marca.


Voltemos ao concerto... para vos dizer que em Live Killers podemos encontrar uma energética e rápida versão de Don't Stop Me Now, temos também Brighton Rock, um dos temas mais intensos do álbum.


Com o espectáculo a aproximar-se do fim, vem uma breve amostra de uma música pouco conhecida chamada Mustapha... Freddie canta a introdução deste tema num breve prelúdio para o acontecimento principal, surgem então as notas de abertura de Bohemian Rhapsody, mais um momento a destacar do álbum. A energia continua em alta em temas como Tie Your Mother Down e numa frenética de Sheer Heart Attack.


Fechamos os destaques falando pois claro das celebres We Will Rock You e We Are The Champions que fecham Live Killers antes claro de God Save The Queen.


Live Killers é mais uma prova de todo o poderio dos Queen ao vivo, um álbum obrigatório em qualquer coleção de música, esperemos um dia ver o relançamento deste trabalho numa edição de colecionador.

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