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Os 50 anos de Queen I


Queen 1

O dia 13 de julho de 2023 marca o 50.º aniversário do disco homónimo dos Queen, o primeiro da banda. Era o pontapé de saída na discografia de uma das bandas mais bem-sucedidas e acarinhadas de sempre e mote para nos reunirmos nesta comunidade: os nossos amados Queen. Foi um disco que, pode dizer-se, foi de longa gestação, já que os Queen tocavam desde 1970, fecharam a formação definitiva em 71, gravaram o álbum num período que apanhou 71 e 72 e o lançamento só ocorreu em 73. Três anos depois dos Queen se juntarem, portanto.


Pelo início: Em finais de 71, os Queen, e já com mais de ano de concertos na bagagem, tiveram a oportunidade de "testar" as instalações do recém-criado Estúdio De Lane Lea, gravando demos de música para um possível álbum. Observados pelos produtores John Anthony e Roy Thomas Baker, estes ficaram impressionados com o que viram, dando-lhes a chance que a banda precisava: a recomendação aos fundadores do conhecido Trident Studios. Como eram ainda desconhecidos, os responsáveis só cederam as horas noturnas para que os Queen pudessem gravar, já que era o único tempo livre (e gratuito). Apesar das condições menos que ideiais, a banda deu o seu melhor, com Brian, refletindo sobre o disco, a referir que o som não era o melhor. Já Roger, claro, relembrou que conseguia ver as "working girls" pela janela… Já neste tempo, os Queen pugnavam por som burilado, intrincado e complexo e as discussões com Baker, o produtor, foram várias, com as regravações a sucederem-se para chegar ao nível pretendido pela banda.

Freddie Mercury 1971

Com as gravações terminadas ainda em meados de 72, passaram-se meses e nada de disco dos Queen nos escaparates, pois nenhuma editora se mostrava interessada. Só em 73 é que os rapazes conseguiram um contrato com a EMI para distribuir a música no Reino Unido e com a Elektra nos EUA. Jac Holzman, da Elektra, revela que desde o início que sabia que os Queen iriam vingar. Apesar da vertente live ainda não estar no ponto, diz ainda Holzman, em estúdio a música sempre foi poderosa e inventiva. O fundador da Elektra lembrou ainda que havia uma excelente dinâmica na banda, que gostavam muito uns dos outros, que se respeitavam e que cada um era brilhante do seu modo.


No tempo do seu lançamento, as reviews foram mornas, apesar de alguns elogias e comparações positivas com os Led Zeppelin, com a Rolling Stone a apelidar o disco de "soberbo". Brian May revelou alguma frustração com Queen l, relacionada com o facto de ver que as músicas já soarem a antigas, pois eram fruto de trabalho muito inicial (havia passado um ano entre a gravação e o lançamento). Apesar disto, os concertos sucederam-se e Roger mostrou-se satisfeito com as vendas nos EUA e como isso criou um pequeno culto em redor dos Queen. Aos poucos, as audiências estavam a vir aos Queen… Até no Imperial College (onde Brian fora aluno), onde, no final de 73, foi dado um fenomenal concerto.

Queen

Sobre a música em si, o disco era quase conceptual, com personagens do folclore e da mitologia, letras e riffs agressivos e com inclinações mais heavy, do género Led Zeppelin. É, de certa forma, algo anómalo em relação o resto da discografia da banda, sobretudo a partir de Sheer Heart Attack. Com som complexo, com overdubs e que mostra uma banda inexperiente, ainda à procura de um caminho, mas já com uma gana de fazer tudo bem. Uma banda que já se queria mostrar como multifacetada, mas sem saber ainda como (só com Sheer Heart Attack chegaria o afinar do conceito de música dos Queen). Porém, se recordarmos o 1.º single de sempre, Keep Yourself Alive, este é também uma anomalia em relação ao resto. A letra é bem mais direta, a música, sendo complexa é bem mais acessível e é, de certa forma, um arauto ao que aí vinha… Com o tempo, o disco foi recebendo reviews bem superiores: a The Collector's Guide to Heavy Metal: Volume 1: The Seventies atribui 10/10 ao disco, por exemplo. A All Music dá uma nota positiva, 3/5. Quando a banda explodiu ao nível planetário, em 75, os dois primeiros discos foram redescobertos e começou aí a exploração mais profunda de Queen l, com as pessoas a perceberam que havia ali muito mais a descobrir. E os anos foram, sem dúvida, generosos para o disco.


E vocês? Sendo o mais honestos possíveis, qual nota dão, de 1 a 10, a Queen? Qual a vossa música favorita?


1. Keep Yourself Alive (Brian May)

2. Doing All Right (Brian May/Tim Staffell)

3. Great King Rat (Freddie Mercury)

4. My Fairy King (Freddie Mercury)

5. Liar (Freddie Mercury)

6. The Night Comes Down (Brian May)

7. Modern Times Rock'n'Roll (Roger Taylor)

8. Son And Daughter (Brian May)

9. Jesus (Freddie Mercury)

10. Seven Seas Of Rhye (Freddie Mercury)



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