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Queen The Greatest Live | EP 26: Esperar o inesperado


'Queen The Greatest Live' – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.


Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.


Numa entrevista exclusiva ao Queen The Greatest Live, Brian May e Roger Taylor revelam como adoram manter o público alerta com algumas surpresas bem colocadas. Garantindo uma experiência especial e única para os fãs, e ajudando a manter a banda fresca numa longa digressão, isto levou a alguns momentos mágicos verdadeiramente agradáveis para o público.


"Porque é que fazemos Covers de temas de outras pessoas? É apenas instintivo. Às vezes, só queres transmitir aquilo que adoravas quando eras miúdo. Talvez como 'Heartbreak Hotel'." - Brian May

Aquelas coisas como ‘Tutti Frutti’, Little Richard. Sim. Como que dizer às pessoas que é por isto que amamos rock and roll, porque estas músicas realmente nos influenciaram” - Roger Taylor


Cerca de cinquenta anos após a sua primeira aparição no mundo, os Queen continuam a ser aclamados como uma das melhores bandas ao vivo de todos os tempos. A lendária atuação de 20 minutos da banda no Live Aid, em 1985, foi no início deste mês votada pelo público britânico como o momento de festival mais memorável de todos os tempos, de acordo com uma nova sondagem.


Ao longo da ilustre carreira da banda ao vivo, os Queen procuraram sempre novas formas de emocionar e surpreender o seu público. Os fãs da banda aprenderam rapidamente que, ao assistir a um espetáculo dos Queen, como se pode ver no episódio desta semana do Queen The Greatest Live, o público aprendeu a esperar o inesperado.


Neste episódio, o "inesperado" são as raras imagens da banda a prestar um tributo rock and roll aos seus heróis pessoais dos primórdios do género - Elvis Presley, Little Richard e Ricky Nelson, retiradas dos dois concertos da Magic Tour, em Julho de 1986, no Estádio de Wembley, em Londres, nos últimos concertos que a banda daria na cidade.


A interação com o público sempre foi uma parte vital da experiência ao vivo dos Queen. Uma das primeiras inovações no espetáculo ao vivo dos Queen, que evoluiu ao longo dos anos para continuar a ser uma parte integrante do espetáculo da banda até aos dias de hoje, é o facto de Roger Taylor descer da plataforma da bateria e juntar-se ao resto da banda, enquanto esta se apresenta em modo acústico na frente do palco, para dar ao público uma experiência mais intima e pessoal.


Roger Taylor refere: "Há muito tempo que fazemos isso de várias maneiras. Costumávamos ter um palco completamente separado à frente, que depois descia com um pequeno kit com uma mini-bateria (...) Então, descíamos para a frente e era uma das partes mais íntimas do espetáculo. Hoje em dia, com este tipo de configuração, é possível chegar ao público através de uma longa passerelle e chegar mesmo ao público perto das pessoas, o que é muito bom em arenas. Estamos rodeados por uma audiência e isso é ótimo. Sentimos que estamos em contacto com pessoas que conhecemos e podemos observá-las".


Para além desses momentos, e com a intenção de dar ao público o seu melhor, condensando o máximo possível num espetáculo, os Queen descobriram que um medley bem construído manteria o público focado, quando uma música de repente tomasse uma direção muito diferente para outra, como se vê neste episódio, no momento em que Bohemian Rhapsody segue para Killer Queen.


Brian May diz: "Há um momento em que pensamos: 'Oh, não é uma pena? Não posso tocar esta música, esta música, esta música'. É difícil saber o que deixar de fora, o problema de ter demasiados êxitos. Então e se pudéssemos fazer um bocadinho disto e um bocadinho daquilo, apenas pequenos trechos, para que as pessoas sintam que ouviram o tema. Por isso, costumávamos fazer um medley bastante longo de Killer Queen e todo o tipo de outras coisas."


Curiosamente, como Brian explica, fundir canções desta forma não é uma tarefa a ser tomada de ânimo leve. "Muitas vezes não gosto que as outras pessoas façam medleys, isso afasta-me de os querer fazer. Vejo pessoas a fazer um medley. Penso: 'porque é que não cantam o raio da canção? Porque privam as pessoas da estrutura da canção e da narrativa da canção. Assim, não se tem o início da história e o fim da história. Passa-se para outra canção, o que pode ser frustrante. Para ser sincero tens de ter muito cuidado com os medleys".


Mas talvez o momento mais inesperado em qualquer digressão foi quando Freddie, Roger, Brian e John, apesar de terem uma grande quantidade de músicas suas por onde escolher, surpreenderam os seus fãs encontrando espaço para fazer covers de temas de outros interpretes. Como se pode ver aqui nas imagens da Magic Tour de 1986, em que a banda homenageia algums dos seus temas e artistas favoritos com um medley de três canções com (You're So Square) Baby I Don't Care de Elvis Presley, Hello Mary Lou de Ricky Nelson e o clássico de Little Richard Tutti Frutti. Gravado ao vivo no Estádio de Wembley, em Londres, a 12 de Julho de 1986, o medley viria a tornar-se um marco da sua última digressão de 1986 e a figurar no álbum duplo Live at Wembley '86 da banda, lançado no final de Maio de 1992.


Diz Brian: "Porque é que fazemos Covers de temas de outras pessoas? É apenas instintivo. Às vezes, só queres transmitir aquilo que adoravas quando eras miúdo. Talvez como 'Heartbreak Hotel'. E, de vez em quando, gostamos de entrar nessa área. Suponho que nos refresca e, por vezes, é bastante refrescante para o público. É algo inesperado. Eles não estão à espera. Isso faz com que se desperte algo em nós, podemos ser um pouco mais imprudentes com o material de outras pessoas do que com o nosso próprio material, por vezes. É divertido. É simplesmente divertido, acho eu".


Roger concorda: "Sim, absolutamente. Aquelas coisas como ‘Tutti Frutti’, Little Richard. É como que dizer às pessoas que é por isto que amamos rock and roll, porque estas músicas realmente nos influenciaram. É bom fazer essas. Mantem o nosso interesse e com que enriquece mais um pouco o espetáculo."



Próxima Semana: Queen The Greatest Live | EP 27: Tutti Frutti


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Fonte:Queen Online

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