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Queen The Greatest Live | EP 9: Sob as Luzes


'Queen The Greatest Live' – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.


Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.


Numa nova entrevista exclusiva, Brian May e Roger Taylor explicam o porquê da iluminação ser tão importante para a experiência ao vivo dos Queen – e recordam as produções mais ambiciosas da banda ao longo das décadas.


"Era praticamente como um forno de piza" - Brian May


Desde a sua formação, a banda estava determinada a que os seus espetáculos ao vivo pudessem deslumbrar todos os sentidos. Agora numa entrevista exclusiva para este episódio 9, Brian May e Roger Taylor explicam o porquê da iluminação ser uma parte vital do espetáculo audiovisual da banda – e revelam os seus momentos favoritos sob as luzes.


"Durante as duas horas e meia que estamos em palco, estamos em total controlo ambiente – ou seja, do som, das luzes, da temperatura, tudo," diz Brian. "Sempre pensámos que as luzes não são apenas objetos usados para iluminar, são objetos em si e são parte do ambiente. E isso é uma coisa tipo Rock 'n' Roll. Penso eu. Penso que assimilamos isso por ver coisas que gostávamos quando eramos miúdos.


Ao entrar no circuito de Londres no final dos anos 60, os membros dos Queen testemunharam em primeira mão a evolução do espectáculo de iluminação de concertos de Rock, especialmente tirando inspiração de pioneiros como os Pink Floyd, os Queen resolveram elevar ainda mais a fasquia. "Havia tantas bandas a atuar que tinham centenas de luzes, todas de cores diferentes, e apenas se tornava branco," recorda Roger. "Então tivemos esta ideia de ter vermelho, verde e branco. E foi muito eficaz."


Ao mesmo tempo que as venues onde tocavam iam ficando rapidamente maiores no princípio dos anos 70, as produções dos Queen tornavam-se ainda mais ambiciosas. Durante as passadas cinco décadas, os membros da banda têm trabalhado com os maiores visionários do sector da iluminação bem como a tecnologia mais avançada. "De facto, na altura da Hot Space Tour em 1982, o anel de iluminação era tão pesado que um concerto no Royal Albert Hall teve de ser cancelado devido ao medo de que o teto não seria capaz de o sustentar."


Nesta nova entrevista, Roger relembra um anel de iluminação com a alcunha de "Coroa" que poderia ser elevado ou baixado durante o espectáculo (algo inédito no Rock 'n' Roll), bem como os blocos de iluminação suspensos, coloquialmente conhecidos como "Lâminas Bic" e muito copiadas desde então. No entanto o baterista também explica como, num concerto de Queen, menos é por vezes mais: "Por vezes a iluminação mais eficaz é apenas um foco poderoso, para focar a arena inteira naquele performer."


Ao mesmo tempo, Brian reflete sobre umas luzes dinâmicas que respondiam aos seus solos de guitarra, bem como sobre o seu famoso anel "forno de pizza", cujas lâmpadas de tungsténio tornavam o concerto num martírio físico para a banda. "Naquela altura, elas eram quentes, eram incandescentes, todas, eram todas de tungsténio," ele relembra. "E quando descia, era praticamente como um forno de pizza. E o Roger costumava ficar aterrorizado. Havia fumo a sair do banco dele quando saia para o encore. Não sei bem como sobrevivemos àquilo!".


"Tínhamos também outra configuração diferente em que tínhamos luzes em módulos, e em cada módulo tínhamos um homem a executá-las e a operá-las, então podias realmente interagir com esses módulos. E há algumas imagens minhas a fazer o solo de guitarra e a tocar para o modulo e a fazê-lo mexer. Ele como que interagia comigo e falava comigo enquanto estava a tocar."


"Foi muito divertido. O Michael Jackson viu isso e disse, Eu quero aquilo. E ele fê-lo."


Próxima Semana: Queen The Greatest Live | EP 10: Tie Your Mother Down



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