
Ao longos dos últimos dois dias têm surgido reportes de que existem grupos empresariais interessados em adquirir os direitos sobre a música dos Queen. Esses mesmos apontam para valores recorde, na ordem dos, mínimo, mil milhões de dólares. Há estimativas ainda mais otimistas, na casa do 1.1 mM até ao 1.5. Estes valores iriam pulverizar o atual recorde de venda de um catálogo musical, pertencente a Bruce Springsteen (vendido por 500M).
O principal candidato é, segundo noticiado, a Universal. Mas a venda do catálogo musical dos Queen é complicada, pois os direitos de distribuição e publicação na América do Norte pertencem à Disney Music Group (DMG). Nos restantes países, os direitos de publicação e do catálogo pertencem às Queen Productions Ltd e Queen Music Ltd (administrada pela Sony Music) e cujos acionistas são os 3 membros vivos da banda e a estate de Freddie Mercury em partes iguais. Pelo meio, a DMG negou interesse em vender, mas fontes da Music Business WorldWide (MBW) afirmam que estão a ser dados os passos iniciais.
Agora, um pequeno contexto para a venda do catálogo
A MBW havia, há dois anos, feito um estudo do potencial valor da música dos Queen. Isto já no pós Bohemian Rhapsody, que, recorde-se, feito mais de 900M nas bilheteiras. Na época, os Queen eram 38.º no Spotify, com 37,6M ouvintes mensais (mais que, por exemplo, Kanye West, Beyoncé ou os Beatles). A Federação Internacional da Indústria Musical (IFPI) dava os Queen no 5.º lugar a nível mundial em 2019 ao nível de receitas geradas (6.º em 2018). E recorde-se falamos de uma banda que editou o último disco em… 1995! Falamos só e somente em catálogo musical! Em 2020, as contas da Queen Productions davam que a banda gerou naquele ano cerca de 57.7M de dólares em royalties. Para contexto: isto são as receitas de alguém que vê a sua música a ser tocada cerca de… 14 mil milhões de vezes no Spotify! Isto é, notem, receita líquida. Obviamente, a popularidade do filme ajudou a estes números. Porém, as receitas, antes de 2018, já vinham em ascensão.

Só para terem outra ideia: a entidade que gere, financeiramente, a música da banda já "depositou" 180M de dólares nas contas dos 4 acionistas na forma de royalties entre os anos de 2018 e 2020. Se a isto juntarmos o dinheiro das últimas tours… É como disse alguém uma vez: "é fazer as contas!"
Por fim, como se chega aos mil milhões ou mais? Segundo contas de 2021, as estimativas são baseadas num estudo feito ao catálogo da Hipgnosis Songs Fund, que foi avaliado em 2.2mM de dólares. Isto é feito pela multiplicação de 17.96 pela média anual da receita. De 2018 a 2020, os Queen tinham uma média de… 62M/ano. Ou seja, 1.11 mM!

"I still love you..."
O vídeo de The Are The Days Of Our Lives, o último a ser gravado por Freddie Mercury, atingiu a incrível marca de 100 milhões de visualizações no YouTube.
Fonte: Queen Online
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'Queen The Greatest Live' – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.
Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.
Quando se trata de criar um espectáculo ao vivo, nada pode ser mais importante que a escolha das músicas a ser incluídas. Ao longo dos anos, os Queen criaram uma poderosa fórmula para ter a certeza que qualquer pessoa que fosse aos seus concertos iria ter uma experiência inesquecível. Neste episódio, Brian May e Roger Taylor revelam os segredos por detrás dessa importante set list.
"Entra em grande, dá-lhes o que têm estado à espera." - Brian May
"Penso que gostamos de mandar o nosso público para casa a sentir que tiveram uma experiência real..." - Roger Taylor
Em episódios recentes do Queen The Greatest Live, ficámos a saber da filosofia da banda em começar os concertos em grande. Esta semana, em novas entrevistas exclusivas com Brian May e Roger Taylor, descobrimos como uma set list bem estruturada pode construir a atmosfera do concerto e mudá-la, tomando os fãs de assalto até à última nota de We Are The Champions.
Brian disse: "As set lists são um caso muito interessante. Tens todas estas músicas e assim e qual é a melhor maneira de as mostrar à audiência? Entras lá e vais trabalhando aleatoriamente até chegares a esse ponto e é assim que todos começam. Mas não seria bom se pudesses levar o público numa viagem e otimizar o ambiente do que está a acontecer?"
"A questão é, queres parar antes deles quererem que pares, queres estar um pouco à frente da jogada e nós desenvolvemos este tipo de formato para o espectáculo que é basicamente entrar em grande. Quer dizer, há variações disto, mas o formato era geralmente, entrar em grande, dar-lhes o que eles têm estado à espera."
"Eles estão cheios de adrenalina. Eles querem curtir à grande mesmo. Então as primeiras duas ou três músicas têm de ser em grande de maneiras diferentes, tempos diferentes, diferentes tipos de atmosferas, mas tudo Hard Rock."
Roger Taylor: "Realmente tentas causar um impacto com os visuais da primeira música e realmente quase que um ataque auditivo. E depois tentas espaçar os temas de forma inteligente, mas realmente queres bang, bang, bang, bang no início do concerto."
"E depois o espectáculo pode continuar com o seu percurso normal e serpentear por todo o lado com diferentes estilos de música, e depois tens tipo o hiato, um momento mais calmo, que é normalmente do Brian, ele é muito bom a fazer isso. Ele tem apenas uma guitarra acústica no início. Fazemos algo no nosso palco B, que é mesmo em frente ao público, que tem um contacto mais próximo, sabes, e mais íntimo."
Os fãs de longa data irão recordar carinhosamente os sets acústicos de Brian e Freddie Mercury, que tomavam estádios inteiros na palma das suas mãos com temas profundos como Is This The World We Created e Love Of My Life.
Brian May: "Não sei se já alguém o fez da maneira como o fazemos, mas realmente levamo-los para baixo porque abandonamos todo o entusiasmo e todos os efeitos dramáticos e assim."
"Eu vou, nesse momento, normalmente sou eu que vou. Vou, e apenas tenho a guitarra acústica. Estou mesmo no centro do auditório e estou como que despido. Não há mais nada a acontecer, exceto eu a tentar aproximar-me do público. Isso é o mais baixo a que chegamos em termos de energia e efeitos dramáticos, suponho."
Roger Taylor: “Então seria apenas esse momento e esperamos que seja emocionante de uma forma diferente. E depois voltamos ao palco principal para a grande subida até ao fim do concerto, que tem vários grandes números musicais, sabes, os grandes e espetaculares números musicais.”
Brian May: "E nesse momento temos tipo a The Show Must Go On, Radio Ga Ga, We Will Rock You, We Are The Champions. E não há como errar com essas porque estas a criar cada vez mais o ambiente e estas a dar às pessoas basicamente o que elas vieram para ver."
Roger Taylor: "É como se tivessem sido feitas para isso, mas não foram. Mas essa foi apenas a maneira como tem resultado ao longo dos anos. Penso que gostamos de mandar o nosso público para casa a sentir que tiveram uma experiência real."
Proxima Semana: Queen The Greatest Live | EP 18: Opening Magic
Fonte:Queen Online