Hoje estamos a festejar os 40 anos das gravações de Star Fleet Project e por isso, gostaríamos de falar um pouco sobre este miniálbum lançado em 1983.
Estávamos no ano de 1983, um ano que podemos chamar de pausa dos Queen, pois, tinha terminado a Hot Space Tour e ainda não tinham começado as gravações de The Works, que seria lançado em Fevereiro de 1984. Era dia 21 de Abril de 1983 e Brian May estava em Los Angeles, onde reservou os Record Plant Studios para tocar e gravar com outros músicos, simplemente por puro entretenimento.
Para a guitarra foi convidado, o eterno monstro sagrado, Edward Van Halen, amigo de Brian desde o final da década de 70, quando os Van Halen eram a banda de abertura dos Black Sabbath.
Mas não foi só Van Halen que se juntou a Brian, pois, Star Fleet contou também com Alan Gratzer na bateria, Phil Chen no baixo e Fred Mandel nos teclados. Para ficarem a conhecer melhor estes músicos, podemos dizer que Gratzer fez parte dos REO Speedwagon; Phil Chen trabalhou com nomes como Rod Stewart, Jeff Beck e Ray Manzarek e Robby Krieger, no seu projeto de The Doors e por fim, Fred Mandel, que trabalhou com os nossos Queen na Hot Space Tour e também no álbum The Works e, em 1985, viria a trabalhar com Freddie em Mr. Bad Guy.
Além da diversão e do entretenimento, a ideia inicial de Brian era, por sugestão do seu filho Jimmy, recriar o tema da serie inglesa Star Fleet. Jimmy era apaixonado pela serie, e obrigava o seu Pai a assistir a todos os episódios. Desta forma Star Fleet tinha-se tornado parte da vida de Brian, que achou interessante transformar o tema, da autoria de Paul Bliss, numa música hard rock. Aliás, Brian explicou tudo sobre a ideia de utilizar esta música na entrevista abaixo:
O tema Star Fleet seria então gravado no dia 21, e no dia 22 eram gravados mais dois temas, com os músicos a soltaram-se mais e aí sim a divertirem com o momento. Os temas foram Let Me Out, uma antiga canção de Brian que ganhou uma nova vida, e Blues Breaker nascida espontaneamente. Nas palavras de Brian, em Blues Breaker podemos ouvir um grupo de pessoas muito mais relaxadas, a desfrutar da inspiração provocada pelo estilo e técnica de cada um. Nesse tema Brian May e Van Halen soltam-se numa longa jam-session, ao mais tradicional estilo de "duelo". Ali Brian e Eddie desfilam solos e mais solos, e no fim da gravação podemos ouvir algumas gargalhadas, demonstrativas do quanto os músicos se estavam a divertir.
Como Brian recordaria não havia nenhuma organização de base, nem planos para lançar um álbum, mas depois de convencido pelas poucas pessoas que ouviram as gravações, esta reunião de músicos resultaria mesmo num álbum… Para tal Brian convidou Reinhold Mack, o há época produtor dos Queen para mixar as gravações, e Roger Taylor para incluir alguns backing vocals em Star Fleet.
Star Fleet Project seria então lançado em Outubro daquele ano, no formato de mini-LP. No lado A tínhamos Star Fleet e Let Me Out e no lado B, Blues Breaker. Este último tema foi dedicado a Eric Clapton, mas Clapton algum tempo depois viria a criticar esta homenagem, tendo até referido sentir-se envergonhado com a homenagem, pois, para ele "Aquilo não é blues".
Numa entrevista à revista Variety em Novembro do ano passado, Brian anunciou que Star Fleet Project seria o próximo projeto a ser reeditado para a suas Gold Series, dizendo: "Estou a trabalhar na box set de 'Star Fleet', que é o Nº.3 nas Brian May Gold Series (sendo que os primeiros dois foram as box sets de 'Back To The Light' e 'Another World') e provavelmente será lançado a meio do próximo ano." Podem ler essa entrevista, em que fala um pouco mais sobre este álbum aqui.
Ficaremos por isso a aguardar esta reedição deste tesouro escondido do nosso querido Brian.
ARTIGO DA ARTE SONORA:
Os amPlug Brian May e MV50 são a mais recente colaboração entre o guitarrista dos Queen e a marca de amplificadores britânica.
A Vox juntou-se ao nosso querido guitarrista para dois amplificadores de guitarra exclusivos, que prometem entregar num formato compacto o timbre histórico do ícone dos Queen.
Poucos conjuntos de guitarra/amplificador são tão icónicos quanto à Red Special e o Vox AC30, e são esses timbres clássicos de amplificador que a Vox procurou fornecer com a sua mais recente oferta de assinatura.
São dois os amplificadores que a Vox desenvolveu com Brian: o amplificador amPlug Brian May e o MV50 Brian May carregado com a tecnologia Nutube.
O primeiro proporciona timbres destinados a nível standard de auriculares, modelado com base na cadeia de sinal do AC30 e com uma configuração de Treble Booster. O amPlug também oferece três efeitos integrados – Brighton Rock delay, phaser e chorus – e vem carregado com uma variedade de ritmos de apoio, incluindo os bate-pés e palmas de We Will Rock You, para prática caseira e jams. Uma mini coluna também está disponível – com acabamento numa colorway idêntica inspirada na Red Special e com a assinatura de Brian May, neste caso para a prática sem phones a um volume reduzido.
Porém, o amplificador mais intrigante é o MV50, que oferece a tecnologia Nutube reduzida da Vox num esforço para produzir um autêntico timbre de válvulas.
Especificamente, o MV50 é baseado no circuito MV50 e no timbre AC30, mas também oferece um reforço de agudos da Knight Audio Technologies para um timbre mais parecido com o de Brian. Aparentemente, apesar do seu tamanho modesto, o timbre do MV50 é tão preciso que o guitarrista disse corajosamente que o levaria em futuras tours para ver como ele "se adapta".
As especificações incluem uma saída de 50 watts, conectividade para conectar a uma coluna e emulação de coluna na saída de linha, demonstrando que tem capacidade para ir para cima do palco bem como para ser utilizado na gravação em estúdio.
"É perfeito para qualquer concerto pequeno, e se quiseres colocar um microfone em frente dele, também servirá para grandes", disse Brian sobre o MV50. "Eu não me importaria de ir já fazer um concerto num estádio para ver como é que ele se comporta."
Sobre o conjunto de amplificadores, Brian acrescentou: "Quero que as pessoas possam transportar os sons de um concerto de estádio para a sala de estar, e estes produtos conseguem isso. Espero que as pessoas os achem inspiradores."
Cada amplificador vem como uma unidade autónoma ou num conjunto especial de edição limitada que inclui a coluna correspondente.
Em termos de preço, o amPlug Brian May está disponível por cerca de 53€ como uma unidade autónoma ou cerca de 169€ como um conjunto, enquanto o MV50 pode ser adquirido sozinho ou como parte de um pacote mais amplo por cerca de 295€ cerca de 477€, respetivamente.
Para mais informações consulta o site oficial da Vox.
Fonte: Arte Sonora
Brian May foi recentemente eleito como o melhor guitarrista de sempre pela Guitar World mas, numa entrevista com Howard Stern, o guitarrista de Queen, revelou que teria "sentimentos mistos" em relação à nomeação e optou por deixar elogios a outros colegas de ofício.
Brian começa por dizer que todos os guitarristas são diferentes e por isso é impossível fazer uma lista com os melhores, mas claro que ficou feliz por esta nomeação.
Em seguida falou sobre os seus guitarristas favoritos, começando por humildemente dizer "não estou entre os primeiros milhões de guitarristas no mundo", pois, "pessoas que ouço todos os dias fazem coisas que nunca seria capaz de fazer". Como exemplo, Brian nomeou Nuno Bettencourt, guitarrista de Extreme, que o deixa a sorrir, porque admite estar "longe do que alguma vez conseguiria fazer."
Brian referiu em seguida Jeff Beck, Eddie Van Halen, Steve Vai, Eric Clapton, Jimmy Hendrix, como alguns dos seus maiores deuses da guitarra.
Quando questionado sobre a sua abordagem como guitarrista, Brian explicou "tudo o que realmente fiz foi tocar da forma como me sinto e fazer da guitarra a minha voz. Eu toco como gostaria de cantar". Depois de esclarecer que, para si, tocar guitarra não é uma competição entre os mais técnicos, pois, Kurt Cobain não era muito técnico e mesmo assim "deixou-nos um legado de umas das melhores músicas de guitarra de sempre."
Podem ver a entrevista completa abaixo: