'Queen The Greatest Live' – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.
Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.
Nenhum concerto dos Queen tem falta de canções que encorajem os fãs a cantar, e mesmo antes da agora lendária combinação de We Will Rock You e We Are The Champions ter proporcionado o derradeiro final para cantar, os Queen tinham muitos éxitos que uniam o público num coro massivo - como In The Lap Of The Gods.
Mesmo com a formação a cantar harmonias de quatro vias, sempre houve espaço para alguns milhares de vocalistas de apoio num concerto dos Queen. Como defensores fervorosos da participação do público, a banda tem demasiadas canções para se enumerar, desde Radio Ga Ga e Another One Bites The Dust até ao final de We Will Rock You e We Are The Champions. Mas, como podemos ver neste episódio de Queen The Greatest Live, até mesmo as músicas mais profundas da banda podem transformar um estádio barulhento num coro perfeito.
A abrir (e a fechar) o segundo lado do álbum Sheer Heart Attack de 1974, as duas versões de In The Lap Of The Gods foram arrancadas das profundezas emocionais de Freddie Mercury. "No início, muitas das suas composições eram muito fantásticas, mas, por baixo, acho que ele estava a abrir o seu coração", disse Brian May à Uncut. "Freddie estava a debater-se com várias coisas e todos sabemos que a sua sexualidade era bastante fluída. Era difícil para ele exprimir-se. Acho que se pode ouvi-lo nesta canção, a lutar com as suas relações, colocando-as em palavras e música."
Enquanto Killer Queen e Now I'm Here seriam escolhidas como singles de Sheer Heart Attack, os fãs hardcore dos Queen sempre mantiveram o refrão de In The Lap Of The Gods... Revisited nos seus corações. E quando o concerto da banda na véspera de Natal de 1975, no Hammersmith Odeon, chegou à reta final, a multidão não precisou de ser persuadida a juntar-se a Freddie, num refrão explodia com emoção ("Whoa, whoa, la, la, la, oh!").
Avançando uma década até à Magic Tour de 1986, a canção não tinha perdido o seu poder de união, com 144.000 fãs no Estádio de Wembley a balançar em uníssono enquanto entoavam o refrão, o tema atravessou sem esforço a barreira linguística quando a banda iluminou o Népstadion de Budapeste, na Hungria. Mas, como Brian disse à Uncut, talvez nunca tivesse funcionado sem um Mestre do calibre de Freddie: "Essa música é o Freddie sendo magnífico e sendo um Deus - algo que ele fazia muito bem."
Próximo Episódio: Queen The Greatest Live | EP 32: Jogos Vocais
Fonte: Queen Online
'Queen The Greatest Live' – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.
Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.
“Quer dizer, lembro-me de algumas bandas, em que o guitarrista pode até ficar a olhar para o fundo. É muito rude, sabes?” - Roger Taylor
“Há um vigilante a dizer-lhes para não se levantarem. Isso não é Rock 'n' Roll. Não é assim que deveria ser.” - Brian May
Nesta nova entrevista exclusiva em vídeo desta semana, Brian May e Roger Taylor explicam a sua ligação única com o público dos Queen - e a forma como os fãs influenciaram tudo, desde o trabalho de palco da banda até à direção das composições, ainda nos anos 70.
Os espectáculos dos Queen não surgem do vácuo. Tão importante como a ligação entre os quatro músicos é a troca de energia entre o palco e o público. Nunca tendo subscrito a escola do "Deus intocável do Rock" dos anos 70, na entrevista exclusiva em vídeo desta semana para o Queen The Greatest Live, Brian May e Roger Taylor explicam como a experiência do concerto ainda flui nos dois sentidos.
"Acho que temos uma relação muito pessoal com o público", diz Brian. "Não nos perdemos em ser deuses com os fatos e as luzes. Continuamos a ser humanos e gostamos da interação. Acho que isso é algo que é um pouco diferente".
Roger Taylor acrescenta: “E este é um sentimento fabuloso e devemos envolver o público. E, sabes, algo que não eramos era “Shoegaze” (parados). Quer dizer, lembro-me de algumas bandas, em que o guitarrista pode até ficar a olhar para o fundo. É muito rude, sabes?”
Já se sabe que foi o amor dos Queen pela participação do público que deu origem a clássicos como We Will Rock You e, como Brian nos diz, a reação dos fãs continua a ser o melhor critério para ajustar a lista de músicas. “Se adicionarmos uma canção nova e tivermos uma grande reação, reforçamo-la e pensamos: "Sim, vamos repetir isso na próxima noite". Portanto, o público está a moldar o que tocamos e acho que eles sabem disso. É claro que se opta por coisas que produzem uma reação, seja ela feliz ou triste - mas algum tipo de reação".
Embora os espectáculos dos Queen tenham incentivado cada vez mais o público a pôr-se de pé, como recorda Roger, os fãs nem sempre tiveram toda a liberdade para se soltarem, tendo a banda sido obrigada, nos primeiros anos, a ultrapassar tudo, desde a segurança pesada a regimes autoritários. "Nos anos 70, eram os temidos seguranças. Assim que alguém se levantava, era: 'Você, sente-se, sente-se! Eles atacavam-nos. E nós encorajávamo-los a revoltarem-se!"
E se um espetáculo ainda se recusasse a animar, os Queen tinham sempre a sua arma não tão secreta na forma do Mestre de Cerimônias Freddie Mercury. "Ele era incrível", lembra Roger. "Ele podia simplesmente gritar, 'Vamos lá!', e então todos se levantavam..."
Próximo Episódio: Queen The Greatest Live | EP 31: In The Lap of the Gods
Fonte: Queen Online
Foto: © Queen Productions
'Queen The Greatest Live' – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.
Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.
Com reviravoltas e prazeres inesperados, a experiência ao vivo dos Queen há muito que se baseia em surpreender o público. E não há melhor exemplo disso do que este momento aglutinador na Hungria, em 1986, quando a banda se afastou do seu próprio catálogo para interpretar uma canção folclórica tradicional, criando um momento histórico e verdadeiramente inesquecível.
Como uma das primeiras bandas Rock verdadeiramente internacionais, os Queen nunca deixaram que a barreira da língua os impedisse de nada. Tendo já aberto caminho até à América do Sul no início dos anos 80, o grupo voltou a abrir caminho na Magic Tour dessa década, viajando até à Hungria para um espetáculo esgotado no Népstadion em Budapeste. Antes mesmo de uma nota ser tocada, o espetáculo de 27 de julho de 1986 estava carregado de significado, representando o primeiro concerto realizado por uma grande banda Rock da Europa Ocidental atrás da Cortina de Ferro. "Gostamos de ir a sítios onde é um desafio", observou Brian May - e isso aplicava-se certamente a um país onde o comunista György Lázár ainda dominava.
Como se pode ver no lançamento do ano seguinte, Queen: Live In Budapest (mais tarde reetitulado como Hungarian Rhapsody), o público do Népstadion estava perfeito enquanto a banda tocava os êxitos (as "restrições brandas do governo ao comportamento do público" permitiam cantar e bater palmas, mas não fumar e beber).
O episódio desta semana do Queen The Greatest Live capta o eletrizante momento em que Freddie Mercury e Brian May interromperam o seu habitual mini-set acústico para uma interpretação surpresa da canção folclórica tradicional húngara, Tavaszi Szél Vizet Áraszt (o título traduz-se aproximadamente como Spring Wind Floods Water).
Observem com atenção e poderão ver Freddie a abrir discretamente os dedos para ler a letra escrita foneticamente na palma da sua mão. A atuação emocionante da dupla - vista por 80.000 fãs e ouvida por mais 45.000 no exterior do Népstadion - provou ser um grande momento de união entre o Oriente e o Ocidente. "A reação nessa altura", recorda Brian, "foi ensurdecedora". E continuou: "Essa noite foi fantástica, com a canção popular húngara e toda a atmosfera. Pode parecer um exagero, mas foi como se tivéssemos dado um passo em direção ao infinito nessa noite."
Próximo Episódio: Queen The Greatest Live | EP 30: Os Fãs
Fonte: Queen Online
Foto: © Queen Productions